A chuva fina que cai sobre a cidade do Rio de Janeiro não intimidou os foliões, que foram ao Centro, na manhã deste sábado (5), para o desfile do tradicional bloco Cordão da Bola Preta. Logo cedo era grande a movimentação de pessoas chegando à Cinelândia, de onde partiria o bloco em direção à Candelária. Cercado pelas musas e porta-estandarte do Bola Preta, o presidente do bloco, Pedro Ernesto Marinho, está animado com o desfile.
A concentração começou às 8h e técnicos fizeram os últimos ajustes no som para o desfile. Quatro trios elétricos que acompanham os foliões até a Candelária.
Com fantasias de super-heróis, viking e de vários personagens de desenhos animados, os foliões abusam da criatividade para percorrer as ruas do Centro.
Pela primeira vez como musa do Bola Preta, a tenente da Polícia Militar do Rio, Júlia Liers, disse que sair à frente de um dos blocos mais tradicionais do país é inesquecível. “Não tem como escapar de falar isso, mas é uma emoção muito grande estar aqui representando o Bola Preta. É o patrimônio cultural da cidade. Participar disso é ter muita história para contar para os meus netinhos”.
Com mais experiência, a musa Quitéria Chagas definiu o sentimento pelo bloco: “O carnaval sem o Bola Preta não existe”, conta ela que desfila desde criança. Aos 30 anos, ela recorda que a mãe adorava vesti-la com fantasias de bichos. “Eu já saí de onça, entre várias outras fantasias de bichinhos que minha mãe adorava. Ela também já me fantasiou de índia e de Pedrita. Segundo ela, a chuva que cai no Rio não vai atrapalhar o desfile. “O Bola já desfilou muito na chuva”, recorda.