A reforma política, que tantas vezes frequentou a agenda do Congresso, recebeu neste ano o rótulo de prioritária. Dos mais de dez temas que serão abordados, o tipo de voto para deputados tem tudo para gerar forte controvérsia entre partidos e especialistas.
A permanência do voto proporcional (para deputado federal, estadual, distrital e vereadores) estará em xeque com a proposta do PMDB, defendida principalmente pelo vice-presidente da República Michel Temer, de implantar o majoritário.
De saída, a questão coloca em campos opostos PMDB e PT, os maiores partidos do Congresso. O PT defende o voto em lista, em que os candidatos a deputado são apontados para o eleitor pelo partido. Com isso, o PT quer manter o voto na legenda, um dos trunfos da sigla nas eleições.
Na oposição, o PSDB defende o voto distrital, em que as regiões são divididas em distritos e cada um escolhe, de forma majoritária, apenas um representante. Argumenta que desta forma os políticos ficam mais próximos dos eleitores.