O número de mulheres contratadas em importantes áreas profissionais da atividade econômica do país continua superando a de homens nos últimos quatro anos.
O dado consta na Rais (Relação Social de Informações Sociais) e no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego. Entre 2006 e 2010, as mulheres predominaram na administração pública, defesa e seguridade social.
Em 2006, essas três atividades empregavam um total de 7.749.359 pessoas - 4.511.079 mulheres e 3.238.280 homens. Já em 2010, de um total de 8.813.762 funcionários na soma dos três segmentos profissionais, as mulheres ocupavam 5.191.072 postos, enquanto os homens eram 3.622.690. A participação delas nesses mercados, durante o período, aumentou 15,07%, enquanto a dos homens registrou acréscimo de 11,87%.
Segundo os dados, em dezembro de 2010, o mercado formal de trabalho contava com um estoque de 43,3 milhões empregos. Desse total, 25,3 milhões estavam ocupados por homens e 17,9 milhões, por mulheres.
Em dezembro de 2006, o estoque de emprego formal era de 35,1 milhões, sendo que os homens ocupavam 20,8 milhões e as mulheres, 14,2 milhões. Entre 2006 e 2010, a participação das mulheres aumentou de 40,64% para 41,48% do total do estoque de empregos.
Áreas
Apesar de serem cada vez mais numerosas no no mercado de trabalho do País, as mulheres ainda estão em menor número na maioria das 99 atividades que fazem parte da Classificação Nacional de Atividades Econômicas. Em apenas nove delas, as mulheres ocupavam mais postos de trabalho que os homens, segundo dados de 2010.
Entre elas, a maioria são de atividades nas quais o gênero feminino tradicionalmente se destaca, como confecção, educação, alimentação, saúde, doméstico, organizações associativas e outras atividades de serviços pessoais.
Nas áreas de publicidade e de pesquisa de mercado, em 2006 havia equilíbrio entre o número de mulheres (27.067) e de homens (27.327). Já em 2010, dos 70.971 postos nessas atividades, as mulheres passaram a ocupar 36.787 e os homens, 34.184.
As mulheres também aumentaram a participação em áreas onde há predominância de trabalhadores do sexo masculino, como a construção de edifícios. Em 2006, esse setor empregava 51.587 mulheres em todo o país. Em 2010, o número subiu para 92.298, o que significa que as mulheres ocuparam mais 40.711 vagas no período.
O setor de construção de edifícios gerou nos últimos quatro anos quase meio milhão de empregos e o gênero predominante na área ainda é o masculino. O saldo de emprego no setor era de 630.410 homens em 2006 e de 1.132.401 em 31 de dezembro de 2010.