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INVENCIBILIDADE Ronaldinho marca e Fla vence o Olaria Ronaldinho marca e Fla vence o Olaria 5 MAR 2011 • POR g1 • 19h22

Os rubro-negros já estavam livres para pular o carnaval. Mas um tropeço contra o Olaria poderia tornar a festa um tanto amarga.  A vitória por 3 a 2 e a manutenção da invencibilidade na temporada garantem dias de festa sem qualquer tipo de preocupação. O bonde sem freio pode acelerar à vontade. O Flamengo só volta a campo na próxima quinta-feira, contra o Bangu, às 19h30m, em Macaé.

É bem verdade que, no terceiro mês da temporada, o campeão da Taça Guanabara ainda parece um time em formação. Egídio não consegue transmitir confiança na esquerda. Renato ainda busca o melhor posicionamento. Bottinelli foi mais uma vez substituído. Mas Vanderlei Luxemburgo ganhou neste sábado um argumento para insistir com Ronaldinho Gaúcho como dublê de camisa 9. Na vitória por 3 a 2 sobre o Olaria, o astro vestiu bem a fantasia de centroavante no gol da virada.

O gol aos três do segundo tempo foi o quarto de Ronaldinho com a camisa rubro-negra. Ele já havia feito de pênalti, de cabeça e de falta. Desta vez, marcou recebendo a bola dominada dentro da área. Depois do passe de Thiago Neves - com uma boa dose de contribuição da zaga - o astro escolheu o canto e tocou com simplicidade. Comemorou repetindo o trenzinho da final da Taça Guanabara. No rosto, o sorriso de quem sabe que poderá sambar sem medo de críticas. Os outros dois gols foram de Thiago Neves, que saiu bastante aplaudido.

Susto logo no começo

O cenário era festivo para o Flamengo. Apesar da chuva, a torcida mostrava animação no Raulino de Oliveira. Aos dois minutos, Ronaldinho tocou a bola entre as pernas de um adversário e levantou a galera. Símbolo da confiança de quem conquistou a Taça Guanabara com oito vitórias e um empate. Mas a invencibilidade ficou ameaçada logo aos cinco minutos de jogo. Renan Silva arriscou um chute de longe. O goleiro Felipe falhou e soltou a bola nos pés de Danilo, que completou para a rede: 1 a 0.

- Está chovendo, o gramado está irregular, não vi a saída da bola... Mas Tenho que assumir, não podia dar aquele rebote ali - comentou o goleiro no intervalo.

Ao confessar seu erro, o camisa 1 já tinha uma ponta de alívio pelo empate obtido no último lance da etapa inicial. Um gol que surgiu meio sem querer. Aos 46, da entrada da área, Bottinelli  arriscou o chute e pegou mal na bola. O efeito acabou se transformando em lançamento para Thiago Neves, livre na pequena área. O camisa 7 só teve o trabalho de tocar para o gol e correr para comemorar, com a defesa do Olaria reclamando de impedimento inexistente.

O gol de Thiago Neves fez justiça a um primeiro tempo em que o Flamengo esteve longe de ser envolvente, mas incomodou o goleiro Henrique várias vezes. Foram 13 finalizações rubro-negras. Numa delas, Ronaldinho Gaúcho tentou de bicicleta e pegou mal.

A maioria das tentativas foi de fora da área. Thiago Neves acertou o pé da trave. Bottinelli também arriscou duas vezes. Mas o time era mais perigoso quando conseguia colocar seus homens de frente para trocar passes. Na jogada mais bonita da primeira etapa, Ronaldinho levantou na área para Renato, que ajeitou no peito e devolveu. Ronaldinho Gaúcho chegou chutando de chapa e deslocou o goleiro. A bola só não entrou porque pegou no cotovelo do zagueiro.

O Olaria teve duas chances de ampliar em contra-ataques. Aos 33, foram quatro jogadores de azul contra apenas dois rubro-negros. Mas Renan Silva, fominha, preferiu o chute de longe em vez da troca de passes, facilitando o trabalho de Felipe.

Expulsão preocupa, mas contra-ataque salva

O gol de empate aos 46 mexeu com o Olaria e levantou o Flamengo, que voltou para a segunda etapa pressionando desde o começo. Aos dois, Ronaldinho chutou da entrada da área e obrigou Henrique a fazer importante defesa. Na jogada seguinte, não deu para o goleiro. Thiago Neves rolou para o camisa 10, que, livre na área, tocou com estilo, no canto, aos três.

A virada acalmou o Flamengo e esfriou de vez o Olaria. Até que o juiz expulsou David numa jogada em que o zagueiro não fez falta. Renan Silva tentou um drible, adiantou demais a bola e se  jogou. David já tinha cartão amarelo e levou o segundo. O panorama tranquilo para os rubro-negros ficava ameaçado.

Vanderlei Luxemburgo mandou Willians para a zaga. E o volante conseguiu êxito na primeira jogada como zagueiro, evitando de carrinho um chute de Waldir de dentro da área.

Logo depois, o juiz errou mais uma. Marcou falta inexistente de Thiago Neves na intermediária. Luxemburgo ficou uma fera. Mal sabia que a jogada seria benéfica. Na cobrança, a defesa rebateu e a bola sobrou para Léo Moura. Inteligente, o lateral viu Fierro escapando pela direita e fez ótimo lançamento. O chileno arrancou, levantou a cabeça, e percebeu Thiago Neves correndo pelo lado oposto. Thiago dominou dominou o cruzamento e tocou por cima do goleiro, com categoria: 3 a 1, aos 25, em contra-ataque de almanaque.

Na arquibancada, estava antecipado o início do Baile do Vermelho e Preto. Qualquer coisa era motivo para festa. Um simples carrinho foi o estopim para gritos de "Ronaldinho é Seleção". Pouco depois, Thiago Neves foi substituído por Jean e saiu sob aplausos. O mesmo aconteceu com Renato, que deu lugar a Negueba.

Mas ainda havia tempo para sustos. Aos 43, Nicolas cobrou falta e Rafael subiu livre para cabecear: 3 a 2. O Flamengo, no entanto, não atravessou. Tocou a bola com calma e esperou o apito final.