A deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF), filmada recebendo dinheiro do delator do mensalão do DEM, informou por meio de nota nesta quarta-feira que sairá da comissão especial da Câmara que discutirá a reforma política.
"Aprendi que os interesses da sociedade, de um grupo político, devem prevalecer acima de qualquer interesse individual ou vontade pessoal e, neste contexto, solicito a minha substituição na Comissão Especial representando o PMN", escreveu a deputada.
Na nota, Jaqueline não comenta o vídeo em que aparece recebendo dinheiro do delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa.
A carta é uma resposta à direção do PMN, que havia "lamentado" que Jaqueline tenha "se deixado envolver ingênua e desnecessariamente numa prática nefasta, própria de agentes políticos de pequena expressão".
O afastamento da comissão especial era um dos pedidos do PSOL, que anunciou que também entrará com uma representação na Corregedoria da Câmara.
Leia a íntegra da nota de Jaqueline:
"Quando pleiteei uma vaga para o Partido da Mobilização Nacional, na Comissão Especial da Reforma Política, no colégio de líderes da Câmara dos Deputados, o fiz com a convicção de que o nosso PMN e seus militantes têm uma valorosa contribuição a dar a essa comissão.
A reforma política é necessária e essencial para o avanço da democracia no Brasil, para o seu aperfeiçoamento e para toda a classe política. O atual modelo é falho e precisa ser revisto com a maior brevidade possível.
Aprendi que os interesses da sociedade, de um grupo político, devem prevalecer acima de qualquer interesse individual ou vontade pessoal e, neste contexto, solicito a minha substituição na Comissão Especial representando o PMN.
Continuarei contribuindo com propostas que façam com que o país encontre mecanismos eleitorais ainda mais democráticos, que ajudem a minimizar as injustiças sociais do nosso Brasil."