O Chile retirou, neste sábado, um alerta de tsunami para quase toda sua área costeira, com exceção de algumas cidades do norte e sul, devido a situações ainda instáveis causadas pelo forte terremoto e tsunami que atingiram o Japão na véspera.
O governo chileno decretou na sexta-feira uma advertência de "alerta" de tsunami para todo o território costeiro e insular do país logo que houve o impacto das ondas gigantes na costa do Pacífico, após o tremor de magnitude 8,9, que abalou o Japão.
Na madrugada de sábado, um tsunami mais enfraquecido entrou no território chileno com algumas inundações nas regiões costeiras, porém, sem maiores problemas, seguido nas horas seguintes por um retorno paulatino à normalidade.
"Neste instante estamos levantando o estado de alerta e a ordem de evacuação em todo o território nacional", disse o presidente Sebastián Piñera, que acrescentou que o alarme continuaria em algumas cidades e portos específicos.
As áreas costeiras que permanecem sob alerta são as cidades do extremo norte do Chile, como Arica, Iquique, Antofagasta, Pisagua e Caldera.
O canal de televisão estatal TVN mostrou imagens de redemoinhos na baía do porto de Arica, em um sinal de que os efeitos do tsunami estavam latentes.
Na zona sul do país, o alarme de tsunami afetava os portos de Talcahuano e as cidades e povoados costeiros de Constitución, Lebú, Dichato, baía de Concepción e San Vicente, cidades que foram atingidas em 27 de fevereiro de 2010 por um terremoto devastador e um tsunami que deixou mais de 500 mortos.
"Se não levantamos o estado de alerta nessas zonas é porque temos boas razões para isso", disse Pinera.