O Ministério das Relações Exteriores informou no início da noite deste domingo que o número de contatos em busca de brasileiros desaperecidos no Japão está diminuindo. Segundo a assessoria de imprensa do ministério, desde sexta-feira (11), quando ocorreram o terremoto e tsunami foram recebidos 3.155 e-mails e 470 telefonemas.
Do número total de e-mails, 451 eram de agradecimento pelas orientações dadas pelas representações. O ministério ressalta que, devido à dificuldade de contato por conta de o sistema de telefonia não estar funcionando nas áreas mais atingidas, ainda deve demorar para saber se há desaparecidos ou mortos brasileiros.
No entanto, o Itamaraty avalia como positiva a diminuição da procura como um indicativo de que as pessoas que vivem no Japão estão conseguindo contatar diretamente seus familiares no Brasil e naquele país.
No Japão vivem mais de 250 mil brasileiros que constituem a terceira maior comunidade estrangeira, principalmente concentrados no sul do país, não afetado pelo sismo.
A chancelaria brasileira informou neste domingo que 400 brasileiros moram em Fukushima, província do nordeste do Japão que enfrenta um colapso em suas instalações nucleares e que foi bastante afetada pelo terremoto e tsunami que atingiram o país.
Organizações brasileiras, o governo e a embaixada em Tóquio se concentraram em estabelecer contatos entre as famílias no Brasil e no Japão desde o acidente.
O Brasil recebe imigrantes japoneses há mais de cem anos. Estima-se que a comunidade japonesa no Brasil seja a maior do mundo fora do Japão, com 1,5 milhão de descendentes.