Pouco mais de um mês após assumir o Palmeiras, Arnaldo Tirone, seus vice-presidentes e diretores seguem no trabalho pesado para corte de custos. E a filosofia tem sido a de economizar nos mais simples atos. Cortar as impressoras coloridas, por exemplo, foi uma das alternativas encontradas pela atual diretoria.
Prova disso é que o material de imprensa do clube do Palestra Itália entregue para os jornalistas antes do último jogo foi feito em preto e branco.
Apesar dos esforços, as dívidas continuam assombrando o caixa do clube. Vários fornecedores ainda não receberam seus pagamentos neste mês. As empresas trabalham nos mais variados setores, desde logística até informática. Alguns departamentos ultrapassam a casa dos R$ 100 mil em dívidas.
"Tem dívida de todo lado, com todos fornecedores. O nosso ano está completamente comprometido por causa de adiantamentos e isso só tende a piorar", disse um dos membros do COF (Comitê de Orientação e Fiscalização) que preferiu não se identificar.
Algumas estimativas do atual grupo de diretoria apontam para dívidas (incluindo contas vencidas, empréstimos com banco, empréstimos e outros) do clube acumuladas astronômicas, como R$ 150 milhões. Enquanto isso, outros conselheiros sustentam a tese do ex-presidente Luiz Gonzaga Belluzzo, de que os números chegam a R$ 90 milhões.
Até para acabar com as dúvidas, a diretoria quer uma auditoria completa das contas. Em 2010, as contas de Belluzzo foram reprovadas pela imensa maioria e apresentaram um déficit inicial de mais de R$ 25 milhões.
Até por isso, as contas devem ser mais uma vez rejeitada na reunião do COF marcada para o próximo dia dia 28 de fevereiro.
A reportagem tentou contato com o presidente Arnaldo Tirone e com o seu vice-presidente administrativo Edvaldo Frasson e não obteve sucesso em nenhuma das tentativas.