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capital Preços da carne bovina voltam a subir e alta atinge 16,3% Preços da carne bovina voltam a subir e alta atinge 16,3% 18 MAR 2011 • POR Osvaldo Júnior • 13h09

Depois de registrar quedas acentuadas por três meses consecutivos, os preços dos cortes de carne redesenham trajetória de alta de até 16,3% na primeira semana de março em relação à segunda quinzena de fevereiro. Essa reação dos preços se torna mais significativa se considerar que as deflações não tiveram força para compensar as altas dos meses anteriores. Em um ano, as variações dos valores dos cortes da carne bovina chegaram ao teto de 88%. Com exceção do filé mignon com cordão, todos os cortes de carne registraram alta na comparação entre março deste e do ano passado.

Em fevereiro, conforme a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande (IPC/CG), do Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas (Nepes) da Anhanguera Uniderp, os cortes de carne, sobretudo os nobres, registraram deflações consideráveis em relação a janeiro. O filé mignon teve queda de 18,9%, a maior variação negativa entre os itens alimentícios. Na sequência, estão a alcatra (-15,11%) e a picanha (-13%). No entanto, o consumidor não teria, ainda, motivos suficientes para encher o carrinho com carne e realizar, sem preocupações com o bolso, o tradicional churrasco de fim de semana. Isso porque os preços, que já registram inflações acentuadas nos últimos 12 meses, voltaram a subir nesse início de março.

De acordo com o IPC/CG, o preço médio do contra filé apresentou a maior alta (16,35%), passando de R$ 15,11 na terceira semana de fevereiro para R$ 17,58 na primeira semana de março. No mesmo período, o preço médio da picanha subiu de R$ 23,15 para R$ 25,52, alta de 10,23%. O preço da costela aumentou de R$ 7,09 para R$ 7,52 (6%). Alguns cortes tiveram queda de preço, mas as variações foram modestas. Os cortes com registros de deflações foram: coxão mole (-3,65%), músculo (-3,45%) e o patinho (-0,62%).