O porta-voz do governo japonês, Yukio Edano, disse nesta terça-feira (29) que é preciso controlar o vazamento de plutônio nos reatores da usina Fukushima Daiichi, embora seja baixo o índice registrado até agora.
Segundo Edano, o plutônio detectado nesta segunda-feira por operários da Tokyo Electric Power Company (Tepco) provém das barras de combustíveis, devido à composição dos elementos registrados.
O governo pediu que também sejam analisados os arredores da usina para determinar se o terreno contém plutônio, depois que na segunda-feira foi detectada pequena quantidade deste material na central. O plutônio é altamente tóxico e muito mais perigoso para a saúde humana que os isótopos radioativos do iodo e o césio registrados até agora.
O porta-voz do governo japonês disse em entrevista coletiva que a presença de plutônio representa um desafio para os trabalhadores da central, pelo que será preciso aumentar a vigilância sobre a usina, que enfrenta graves problemas em quatro de seus seis reatores.
A alta toxicidade do plutônio, usado no reator 3 em uma mistura com urânio, dificultará o trabalho dos operários da central de Fukushima, depois que nesta segunda-feira foi detectada água altamente radioativa em um conduto no exterior da unidade 2.
Edano disse que a prioridade continua sendo resfriar os reatores e as piscinas de combustível, embora agora devam ser drenadas as áreas dos edifícios de turbinas das unidades inundadas com água radioativa para evitar a extensão da contaminação e o vazamento de líquido.
Durante este fim de semana foram registrados altos níveis de radiação em áreas do edifício de turbinas da unidade 2 e também no mar nas proximidades da usina nuclear.