A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o Ministério da Agricultura e a CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) deverão fiscalizar os alimentos provenientes do Japão. A decisão dos três órgãos pretende detectar se os alimentos que entram no Brasil podem ter sido contaminados com radiação.
Na semana passada, a gerente de alimentos da agência, Denise Resende, disse que, a princípio, o Brasil não teria por que impor barreiras aos produtos japoneses, mas a decisão poderia mudar a qualquer momento.
- A gente precisa avaliar, nessa situação de crise, as ações a cada momento. Hoje, a posição nossa é essa. Amanhã, se houver alguma evidência de risco, nós vamos reavaliar nossas ações e adotar medidas para garantir a segurança da população.
No último dia 24, ela esclareceu que o Brasil importa do Japão, dentro da categoria alimentos, apenas “mistura e pasta para preparação de produtos de padaria, pastelaria e indústria de bolachas e biscoitos” - item que vem embalado e chegou ao Brasil.
A última carga desse produto chegou ao país no início de fevereiro – estando, portanto, fora de risco, já que chegou antes da tragédia e do vazamento de material radioativo da usina nuclear de Fukushima. O próprio governo japonês proibiu a exportação de produtos (sob risco de contaminação) enquanto houver esse risco.