Com o segmento de navegadores aquecido e bastante equilibrado, qualquer vantagem, em qualquer área, é usada pelas empresas para demonstrar a superioridade dos seus produtos em relação aos demais. O lugar comum desse tipo de comparação são os benchmarks de velocidade, mas há espaço para outros, como o de eficiência energética.
A Microsoft conduziu uma série de testes com os principais navegadores do mercado (Internet Explorer 9, Chrome 10, Firefox 4, Safari 5 e Opera 11) no que diz respeito ao consumo de energia em notebooks. O objetivo era identificar, através de uma série de testes, qual deles era o mais amigável à autonomia dos portáteis, ou em outras palavras, qual impactava menos no consumo de bateria.
A bateria incluiu cinco testes: 1) sem navegador algum rodando; 2) navegadores abertos no about:blank; 3) navegadores abrindo sites de notícias, simulando o uso cotidiano de um PC; 4) Galactic, um teste de desempenho baseado em HTML5 da Microsoft; e 5) FishIE Tank, outro benchmark da Microsoft.
No geral, o Internet Explorer 9 moeu a concorrência, seguido (quase) de perto pelo Firefox 4. Chrome e Safari ficaram próximos, mas bem atrás dos dois primeiros colocados, e na lanterna apareceu o Opera. A discrepância se vê no teste final, do tempo em que o notebook aguentou antes de pedir água, digo, energia: com o IE9, a autonomia foi de 3h45. Com o Chrome, a redução foi de quase uma hora, caiu para 2h56. Veja o gráfico completo:
Muitos contestam o teste pelo fato dele ter sido conduzido pela própria Microsoft, a princípio “suspeita”, afinal, seu produto está na disputa — e se sagrou o melhor, com boa vantagem ante a concorrência. Por outro lado, o fato de IE9 e Firefox 4 terem se dado tão bem talvez seja explicado pela aceleração via hardware/GPU; os dois são os únicos, atualmente, com o recurso presente na versão estável. Chrome e Opera já possuem versões de testes com implementação desse tipo de aceleração, mas ainda longe da versão final.