Hoje completa cinco anos que dois policiais civis foram mortos e um gravemente ferido por seis indígenas. O crime aconteceu no acampamento localizado às margens da MS-156, na região do Porto Cambira, próximo ao Distrito Industrial de Dourados, em 1º de abril de 2006. Todos os acusados estão em liberdade.
Na ocasião, Rodrigo Lorenzatto, Ronilson Bartier e Emerson Gadani foram agredidos e receberam tiros e golpes de facas. Gadani foi o único que sobreviveu, mas, desde então, se encontra hoje aposentado.
Os policiais teriam ido ao local buscar Wilson Rodrigues da Silva, suspeito de assassinar o pastor evangélico Sinforiano Ramires, ocorrido no dia 31 de março de 2006. Ao chegarem ao local, foram surpreendidos por um grupo de índios, que os desarmaram e os agrediram.
Na época, os indígenas alegaram que atacaram os policiais porque haviam confundido-os com seguranças da fazenda onde estavam acampados. Após o crime, seis indígenas foram indiciados pelo crime, são eles: Jair Aquino Fernandes, Valmir Junior Savala, Sandra Arévalo Savala, Lindomar Brites de Oliveira, Paulino Lopes e Marcio da Silva Lins.
No dia 4 de abril de 2006, familiares, acadêmicos de direito e policiais civis fizeram protesto em frente ao escritório da Procuradoria do Ministério Público Federal (MPF) em Dourados. O manifesto durou cinco horas.