As vendas do comércio varejista nos três primeiros meses do ano avançaram 8,5%. Em todo o ano passado, houve aumento de 10,3%, o que reteme à uma desaceleração, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, divulgado nesta segunda-feira (4).
Neste primeiro trimestre do ano, o segmento de material de construção foi o destaque, exibindo crescimento de 14,1% frente ao mesmo período de 2010. Móveis, eletroeletrônicos e informática, com expansão de 8,9%, aparecem em segundo lugar. Na ponta contrária, figuraram os segmentos de veículos, motos e peças, com recuo de 1,6%; e tecidos, vestuário, calçados e acessórios, com queda de 1,0% no trimestre.
Segundo os economistas da Serasa Experian, o crescimento menos acelerado do varejo neste primeiro trimestre é um sinal de que medidas macroprudenciais de restrição ao crédito e a trajetória de aumento da taxa básica de juros (taxa Selic) já começaram a produzir resultados mais visíveis em se conter a expansão do consumo, especialmente dos itens em que o crédito tem participação preponderante. Esta deve ser a tônica da evolução da atividade varejista ao longo dos próximos meses.
Comparações
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, em março houve crescimento de 5,5% do varejo nacional, a menor taxa anual de crescimento desde julho de 2009. Material de construção foi o destaque, com alta de 10,8% frente a março de 2010. Quanto à margem negativa, esta ficou com veículos, motos e peças, com queda de 9,4%.
Descontando-se os efeitos sazonais, a atividade do comércio recuou 0,8% em março perante fevereiro. Na comparação mensal, o único aumento ficou com combustíveis e lubrificantes, que marcou 0,7%. Os demais itens apontaram recuos, em especial tecidos, vestuário, calçados e acessórios, com baixa de 2,6%.
Sobre o índice
O indicador da Serasa tem como base o banco de dados da Serasa Experian. A partir da metodologia de cálculo do PIB, apresentada pelo IBGE em 2007, na qual o comércio passou a ser, individualmente, o setor com maior participação na geração do valor adicionado da economia brasileira, respondendo por 11%, a entidade percebeu que é de fundamental importância dispor de mais indicadores, destinados a mensurar a evolução deste setor da atividade econômica do País.