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ANA Presidente nega negócios com tercerizadas Presidente nega negócios com tercerizadas 9 ABR 2011 • POR ESTADÃO • 00h00

O presidente da Agência Nacional de Águas (ANA) - braço do Ministério do Meio Ambiente -, Vicente Andreu Guillo, afirmou ao Ministério Público Estadual em depoimento ontem (8) que jamais negociou com representantes de empresas terceirizadas ou empreiteiras contratadas para obras e serviços da empresa de saneamento de Campinas (Sanasa), que ele presidiu entre 2001 e 2003.

Guillo foi ouvido por promotores de Justiça do Gaeco, núcleo do Ministério Público que investiga o crime organizado. A Sanasa está na mira da promotoria, que suspeita da existência de um foco de corrupção, desvios, contratos irregulares e licitações dirigidas. Um processo que culminou com a contratação da Construtora Camargo Corrêa para o projeto Anhumas - estação de tratamento de água - teve início na gestão Guillo, mas ele esclareceu que deixou o cargo dias antes da abertura dos envelopes com as propostas de preços.

O relato de Guillo foi convincente, na avaliação da promotoria. "Dois motivos justificavam a intimação (de Guillo): primeiro, documentos apreendidos pela Operação Castelo de Areia e, mais diretamente, contratos da Sanasa que tiveram início em sua gestão", anotou o promotor Amauri Silveira Filho."Ele esclareceu pontos obscuros, os procedimentos adotados sob sua responsabilidade", observou o promotor. "Entendemos que, no momento, as explicações dele são suficientes. Não há mais necessidade de investigar os contratos do período em que administrou a Sanasa."

Para os promotores, as informações fornecidas por Guillo em seu relato permitiram estabelecer "situações diferentes" no âmbito da Sanasa. "Presidentes diferentes conduziram de forma diferente contratos iguais", aponta Amauri Silveira Filho. "Ele (Guillo) esclareceu que jamais recebeu em seu gabinete ou negociou com representantes de empresas terceirizadas ou empreiteiras."