O aumento do Imposto de Operações Financeiras (IOF) de 1,5% para 3% sobre movimentações de crédito deve resultar em mês magro para o comércio de Campo Grande. Antes do anúncio da medida, que vigora a partir de hoje, a expectativa do setor era de encerrar abril com crescimento entre 4,9% e 7,7% - aumento modesto, considerando a média mensal de 10,42% do ano passado. “O crescimento das vendas em abril devem ser ainda menores que o previsto. A tendência é que se efetive o piso (4,9%) projetado”, afirma o gerente do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) Valdineir Ciro de Souza.
A elevação do IOF sobre operações de crédito soma-se ao conjunto de medidas adotadas pelo Governo para conter a queda do dólar e barrar o avanço da inflação. A receita, com sabor amargo ao consumidor, tem dois ingredientes básicos: aumento das taxas de juros e redução do consumo. A expectativa do Governo é que as pessoas comprem menos, uma vez que as compras a prazo ficarão mais caras.
“Já estávamos projetando redução para este mês”, afirma o gerente do SPC. A alta do IOF, impactando sobre as compras a prazo, afastará ainda mais os consumidores das lojas, acredita Ciro.
Em março, as vendas em Campo Grande avançaram 5,1% sobre o mesmo mês do ano passado. Esse crescimento foi menor que o de fevereiro (9,71%) no mesmo comparativo.