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VIOLÊNCIA Estudantes protestam contra falta de segurança na UFMS Estudantes protestam contra falta de segurança na UFMS 11 ABR 2011 • POR ROSANA SIQUEIRA/ EVELIN ARAUJO/LAIS CAMARGO • 10h42

Uma jovem de aproximadamente 20 anos, acadêmica e estagiária do laboratório de Química, foi violentada hoje por volta das 8h da manhã no campus da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) em Campo Grande. A violência ocorreu em uma mata, a cerca de 70 metros da ponte que liga o Teatro Glauce Rocha ao prédio da unidade 10.  O homem não se sentiu intimidado com a  passagem de comando do  10º Batalhão ao tenente-coronel Medeiros, que acontecia no  teatro Glauce Rocha. No local, cerca de 5 viaturas da polícia militar estavam estacionadas e os policiais estavam participando da cerimônia dentro do prédio.

A ocorrência foi confirmada pela UFMS, que deve divulgar uma nota sobre o assunto na tarde de hoje. A delegada da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), Cristiane Grossi, disse que as roupas íntimas, um jaleco, uma calça jeans, uma bolsa e um tênis da jovem foram encontrados no local, que passou por perícia.

O homem deixou para trás um canivete e um boné marrom. Ela saiu nua do local e foi amparada por um casal que caminhava na ponte. Eles a levaram para o biotério e de lá acionaram policiais do 10ª Batalhão. A jovem está internada no Hospital Universitário. 

Segundo informações da polícia, o rapaz tentou atacar uma estagiária do Instituto Mirim de Campo Grande que trabalha no local. Ela suspeitou do rapaz e conseguiu fugir, momentos antes dele estuprar a jovem de Química.

Protesto

Alunos da universidade organizam protesto em frente à reitoria às 15h30 para exigir mais policiamento dentro da instituição.

 

Descrição

Policiais informaram que o rapaz tem de 20 a 25 anos, é  moreno escuro, tem cerca de 1,80 metro de altura, uma tatuagem tribal na perna e uma no braço. Ele estava com uma bermuda vermelha e uma camiseta azul no momento do crime.  

 

Perigo

Ariane Arce, de 24 anos, também acadêmica de Química, passa pela ponte onde a colega de curso foi abordada todos os dias. Ela disse ao Portal Correio do Estado que agora está com muito medo de passar pelo local. "Eu passo por aqui entre 7h30min e 8h todos os dias e por volta das 18h também. Nunca tem segurança nenhum", diz a acadêmica, que precisa passar pelo local para pegar ônibus na Avenida Interlagos. 

Kit anti HIV

A acadêmica foi atendida no Hospital Universitário e teve acesso a um kit de violência sexual contra adultos e adolescentes, contendo antibióticos contra doenças sexualmente transmissíveis, anti-retroviral de profilaxia de HIV e pílulas do dia seguinte. Ela continuará tomando os medicamentos por aproximadamente um mês, conforme informou a enfermeira  Sandra Maria de Oliveira, do Hospital Universitário. 

Atualizada às 14h21min para acréscimo de informações