As promessas de estabilização nos preços do etanol e da gasolina parecem estar se concretizando. Na semana passada, a pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP) apontou queda de 1,65% no etanol e aumento de 1,76% no preço da gasolina nos postos de Campo Grande – que chega bem perto do prometido na quinta-feira (28) pelo Banco Central para todo o ano de 2011, que seria de 2,2%.
Algumas incoerências marcam o reajuste nos preços. Na quinta-feira (28) o próprio Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, reconheceu o aumento como abusivo, mas colocou a culpa no mercado como controlador de preços. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) foi acionado para investigar a situação.
Ele declarou que há nove anos não há aumento nas refinarias e que o mercado é livre para estabelecer os preços. Esse tipo de “abuso” está sendo combatido por movimentos nacionais como o #NaMesmaMoeda, que no Brasil inteiro organiza dias e horários para que motoristas abasteçam R$0,50 pedindo nota fiscal – deixando o procedimento mais caro que o próprio combustível para o posto.
No começo de abril o litro da gasolina custava R$ 2,79 e agora está sendo vendido em média por R$ 2,89. Já o etanol custava R$ 2,40 e baixou para R$ 2,38. Ao longo do mês de abril a gasolina já subiu 3,5% e o álcool teve queda de 0,8% no preço.
Uma resolução importante divulgada sexta-feira (29) determinou que o etanol
passasse a ser tratado como um combustível, controlado pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis), e não mais como um produto agropecuário.