Um safári turístico para abate de onças no Pantanal podia custar de US$ 30 a US$ 40 mil. Os cálculos foram divulgados hoje pelo superintendente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), David Lourenço. Segundo ele o pacote é completo e inclui desde passagem aérea, translado e hospedagem em hotel até equipamento necessário para acampar na mata e armamento para abater o animal silvestre.
O superintendente estima ainda que os safáris turísticos eram promovidos há pelo menos quatro anos na fazenda Santa Sofia, em Aquidauana, onde foram encontradas ontem à noite, duas cabeças de onças, peles de vários animais silvestres, entre eles uma sucuri de mais de três metros, cinco rifles, armas e outros artefatos. As contas foram feitas, de acordo com ele com base no vídeo, que foi gravado há cerca de dois anos e já divulgava a prática.
Lourenço destacava ainda que os turistas ainda levavam um troféu. "Depois de matar a onça, eles fazem um recorte em formato de travesseiro no lombo do animal. Isso é considerado o troféu do safari”, revelou.
Por enquanto o Ibama, Polícia Federal e Embrapa Pantanal estão fazendo um trabalho de perícia. Após a conclusão eles devem fazer um relatório do caso que deve ser enviado ao Ministério Público Estadual (MPE) para as devidas providências. Os responsáveis identificados também responderão a processo administrativo no Ibama.