Grandes indústrias farmacêuticas, em geral baseadas na Europa ocidental e nos EUA, estão fazendo cada vez mais testes de novas drogas em países emergentes.
O que leva os laboratórios a nações na Ásia, América Latina e no Leste Europeu é a mão de obra barata de médicos para a realização dessas pesquisas.
Esses lugares também concentram um maior número de voluntários que não estão tomando outras drogas no momento, o que impediria a participação em estudos.
Por enquanto, os EUA ainda são o país que mais concentra testes clínicos. Mas a China, por exemplo, já aparece em lugar de destaque, especialmente quando o assunto são testes clínicos de fase 3, últimos necessários para aprovar os novos remédios. Mais de 2.700 pesquisas desse tipo estão em andamento no país asiático.
O laboratório da Escola de Ciência Biológicas da Universidade de Nanjing, a duas horas de Xangai, é um dos mais requisitados pela indústria.
Lá estão sendo testados, por exemplo, novos métodos de diagnóstico de câncer de pulmão, em desenvolvimento pela Johnson&Johnson.
Críticos afirmam, no entanto, que há risco de explorar pacientes por conta dessa exportação de testes. Muitos voluntários buscam as pesquisas porque receberão os remédios de graça, mas isso só acontece durante os testes.