Em um cenário de maior aversão ao risco, as Bolsas de Valores caem e o dólar ganha força contra as principais moedas, sem exceção do real brasileiro. Hoje, a taxa de câmbio doméstica oscilou entre R$ 1,641 e R$ 1,631, para encerrar o expediente em R$ 1,632, em um acréscimo de 1,05% sobre a cotação final de sexta-feira.
Já o dólar turismo foi vendido por R$ 1,750 e comprado por R$ 1,580 nas casas de câmbio paulistas.
O euro, que foi mantido acima de US$ 1,40 nas últimas semanas, desceu para US$ 1,3968 na rodada de negócios desta segunda-feira, numa sessão em que todos os "holofotes" do mercado estão voltados para os problemas do Velho Continente.
Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) sofre queda de 0,36%, aos 62.371 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,5 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York cai 1,03%.
Na semana passada o nervosismo dos agentes financeiros foi reforçado pelo rebaixamento do "rating" (nota de risco de crédito) da Grécia, país às voltas com severos problemas fiscais, e alvo de especulações sobre uma possível reestruturação da dívida nacional.
Para elevar ainda mais a temperatura, no final de semana a agência Standard&Poor's advertiu que pode piorar a "nota" da dívida soberana italiana, país mencionado lateralmente em discussões sobre a crise da zona do euro.
O Banco Central, mais uma vez, optou por uma intervenção discreta, perto das 16h (hora de Brasília), quando comprou dólares por R$ 1,6314 (taxa de corte).
Entre os poucos destaques do dia, o Ministério do Desenvolvimento reportou um superavit comercial (exportações menos importações) de US$ 2,74 bilhão no mês. No acumulado do ano, o superavit chega a US$ 7,77 bilhões. Na comparação do acumulado do ano, 2011 registra um resultado 86% superior ao resultado de 2010 (US$ 4,18 bilhões).
JUROS FUTUROS
No segmento de juros futuros da BM&F, as taxas projetadas cederam em boa parte dos contratos mais negociados.
O boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, apontou que boa parte dos economistas do setor financeiro revisou para baixo suas projeções para a inflação deste ano --a taxa prevista do IPCA recuou de 6,31% para 6,27%. A meta oficial de inflação deste ano é de 6,5%.
Para julho (a exceção do dia), a taxa prevista subiu de 12,01% ao ano para 12,02%; para janeiro de 2012, a taxa projetada passou de 12,32% para 12,31%. E no contrato para janeiro de 2013, a taxa prevista caiu de 12,56% para 12,54%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.