Colocam a culpa nos hormônios, no excesso de sensibilidade e na TPM, mas apenas quatro em cada 100 mulheres ficam totalmente felizes com o que veem no espelho, segundo a pesquisa “Verdade sobre a beleza”, realizada em 20 países.
Já entre as brasileiras, 14% se acham bonitas — o maior índice entre as nacionalidades estudadas. As piores críticas vêm delas próprias, que apontam a barriga como a parte do corpo que mais incomoda.
“Temos uma crítica interna selvagem, cujos olhos se amesquinham quando nos olhamos. Infelizmente, isso pode minar a autoestima, a confiança e a felicidade”, afirma a psicanalista Susie Orbach, do Centro britânico de Terapia da Mulher, uma das autoras do trabalho, patrocinado pela Unilever. Susie teve entre suas pacientes a princesa Diana.
Entre as brasileiras, 72% sentem-se pressionadas para ser bonitas e 40% afirmam que a pressão parte mais delas próprias. A pesquisa indicou, ainda, que apesar de 86% das brasileiras não se definirem como belas, 72% valorizam o que têm de melhor e estão felizes com a aparência — índice superior à média entre os países, de 57%. “Beleza é estado de espírito. Tem dias que acordo me sentido bem, bonita e outros nem tanto. Mas estou satisfeita comigo”, diz a modelo Ana De Biase.
Quando a pergunta foi a parte do corpo que as brasileiras consideram mais bonita, os olhos, o sorriso e os cabelos foram os campeões, deixando o “bumbum” para trás.
As outras são mais bonitas
As mulheres não conseguem reconhecer sua beleza, mas 80% afirmam que toda mulher tem algo que é belo, diz a pesquisa.
“Há um paradoxo. Vemos a beleza nas outras, mas muitas vezes deixamos de valorizar a nossa própria beleza”, diz Susie, acrescentando que a maioria das mulheres não sabe como é bonita.
Ser amada, fazer coisas que gosta, ter amigos e estar em boa forma física ajudam a mulher a se sentir bonita. Receber elogios também aumenta a autoestima, segundo o trabalho.
Entre as entrevistadas, 81% concordaram que quando a pessoa se esforça para ver o que tem de melhor acaba se sentindo mais bela. E ser financeiramente bem sucedida também ajuda.
Com informações de O Dia