O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) reúne em Brasília, durante esta quarta-feira (29/6), especialistas para debater os motivos que levaram ao aumento da presença de mulheres nas prisões.
O debate acontecerá a partir das 15h no Encontro Nacional sobre o Encarceramento Feminino, evento que o CNJ promove em Brasília nesta quarta-feira (29/6) para debater questões relativas à mulher no cárcere.
A sub-procuradora-geral da República, Ela Wiecko de Castilho, fará apresentação sobre o tema em painel presidido pelo conselheiro Marcelo Neves.
As debatedoras serão a juíza da Vara de Execuções Criminais, Adriana Ribeiro (TJRS), e a presidente da Comissão de Sistema Prisional do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, Alessandra Teixeira.
Após o debate, haverá apresentação de trechos do documentário “Se eu não tivesse amor”, da cineasta Geysa Chaves, sobre a vida de detentas no Presídio Talavera Bruce, Complexo de Bangu, no Rio de Janeiro.
Atualmente cerca de 34 mil mulheres vivem no sistema carcerário brasileiro, geralmente em prisões projetadas para abrigar homens, sem atendimento médico adequado nem ambientes onde possam viver com seus filhos, muitas vezes recém-nascidos.
Ao longo do dia, especialistas discutirão questões ligadas ao encarceramento das mulheres no país em painéis coordenados por conselheiros do CNJ.
A inadequação das prisões femininas brasileiras, a saúde das mulheres no cárcere, a maternidade e a presença dos filhos nos presídios e os motivos do aumento da criminalidade feminina no país são alguns dos temas a serem debatidos no encontro.