Logo Correio do Estado

TRANSPORTE Com recusa de Blairo, nome de Giroto ganha força para ser ministro Com recusa de Blairo, nome de Giroto ganha força para ser ministro 8 JUL 2011 • POR BEATRIZ LONGHINI • 18h15

A indicação do deputado federal sul-mato-grossense Edson Giroto (PR-MS) para o cargo de Ministro dos Transportes ganhou força na tarde de hoje. A imprensa nacional, o Globo e o Valor Econômico – divulgaram em seus sites que o parlamentar é a aposta do Partido da República para o cargo com a recusa do senador Blairo Maggi (PR-MT) ao convite da presidente Dilma Rousseff para assumir a pasta.

A decisão foi tomada hoje, segundo matéria postada no site - em reunião do grupo politico em Cuiabá (MT) As empresas de Blairo têm negócios com o governo. "Não quero criar constrangimentos para a presidente", disse Blairo na reunião, afirma o colunista Jorge Bastos Moreno no twitter, com mensagem postada por volta das 16h.

O colunista informou que o senador de Mato Grosso está irritado com a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e com o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho.

O deputado federal Edson Giroto, do Mato Grosso do Sul, é o mais novo nome apontado pelo PR para ocupar o Ministério dos Transportes. A sugestão de Giroto surgiu em reunião realizada ontem, no Congresso Nacional, entre o líder do partido na Câmara, Lincoln Portela (MG), o deputado Luciano Castro (RR) e o senador Blairo Maggi (MT), ambos também cotados para o cargo.

Giroto foi durante 14 anos anos secretário de Obras de Campo Grande - nos dois mandatos do então prefeito Andre Puccinelli (PMDB), atual governador, e nos dois primeiros anos da gestão do prefeito Nelson Trad Filho, também peemedebista.

Em seguida, assumiu a Secretaria Estadual de Transportes, quando Puccinelli tornou-se governador. Ficou três anos e meio na pasta até se eleger deputado, já pelo PR, após 13 anos filiado ao PMDB.

Engenheiro civil, Giroto foi presidente do Conselho Nacional dos Secretários dos Transportes (Consetrans) e participou da formulação do Plano Nacional de Logística e Transportes, quando entrou em contato com a presidente Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil do governo Lula.

O deputado também já atuou com a atual ministra da pasta, Gleisi Hoffmann, quando ela era secretária extraordinária de Reforma Administrativa do Mato Grosso do Sul, no governo José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT.

Giroto é um dos expoentes do grupo político do governador Puccinelli, que teve um histórico de animosidade com o governo Lula, mas tenta se aproximar de Dilma. "Nunca houve conflito. Há uma grande afinidade entre o governador e a presidente. São parecidos no modo de lidar com a gestão. São cobradores", afirma.

Sobre processos movidos contra ele, um dos quais pela compra de uma fazenda no município de Rio Negro, em 2009, Giroto afirma que nada melhor do que a Justiça para provar sua inocência. "São dois ou três processos, já estão em fase final", disse.

O deputado também é apontado como um dos nomes do grupo político para suceder NelsinhoTrad na Prefeitura de Campo Grande.

Com informações do O Globo e do Valor Econômico