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Copa América Mano recua e usa meio time que Dunga usava Mano recua e usa meio time que Dunga usava 15 JUL 2011 • POR ig • 00h00

Bastaram dois tropeços, e a perda de espaço dos queridinhos de Dunga, ex-técnico da seleção brasileira, virou história. Na vitória de 4 a 2 sobre o Equador, nesta quarta-feira, cinco jogadores que começaram a partida foram titulares na última Copa do Mundo, em 2010, na África do Sul: Julio Cesar, Maicon, Lúcio, Ramires e Robinho. Levando em conta que Thiago Silva foi reserva naquele time e que André Santos ficou fora apenas da convocação final de Dunga para a Copa, os “moleques” Ganso, Pato e Neymar são a única renovação da seleção brasileira nesta Copa América.

O curioso é que isso ocorre poucos dias depois de Mano ter sacado Robinho, o que parecia mostrar que os prediletos de Dunga estavam perdendo espaço - o técnico atual, porém, precisou recorrer à experiência. Jadson, que tem quatro partidas pela seleção, voltou à reserva do camisa 7, que já fez 86 jogos. Mas a principal mudança foi o retorno de Maicon, fazendo com que o trio da Inter de Milão volte a comandar o setor defensivo. Daniel Alves foi titular com Mano desde agosto de 2010, na primeira partida do treinador, contra os EUA (2 a 0 a favor), mas foi para o banco e, após a grande atuação de Maicon, não deve voltar ao time tão cedo.

Julio Cesar, Maicon e Lúcio reunidos

“O entrosamento ajuda”, disse um sorridente Maicon, ainda em Córdoba, logo depois da vitória sobre os equatorianos que garantiu a primeira colocação do Grupo B. O lateral-direito teve atuação destacada: acertou três dos quatro cruzamentos que o Brasil deu na partida, teve a bola em seus pés por 2 minutos e 18 segundos, mais de 25 segundos a mais do que o segundo neste fundamento, Thiago Silva.

Treinador contrariado

Mano Menezes não gostou de Lúcio ter exposto o mal estar interno entre o trio da Inter e alguns jogadores. O treinador criticou a postura do capitão, dizendo que as cobranças têm que ser internas. Só que a ótima atuação de Maicon comprovou ao técnico que o sistema defensivo ficou mais forte com o jogador da Inter, que também teve uma participação ofensiva poderosa, evitando que Neymar ficasse sozinho entre dois ou três marcadores.

“Não vínhamos produzindo bem no lado direito. Embora até bem pouco tempo vínhamos produzindo bem, deu aquilo que queríamos agora com passagem e tranqüilidade. A seleção cresceu pelo lado direito, mas o Dani nao deixa de ser o grande jogador que é. Nao foi determinante (para a mudança) a questão da Inter de Milão”, disse Mano nesta quinta-feira, já de volta à concentração em Los Cardales (cidade a 60 km de Buenos Aires).

É improvável que agora, até o final da Copa América, ele mude a equipe. Mesmo contra o Paraguai, domingo (16h), pelas quartas de final, Robinho deve ser mantido, apesar de Jadson ter jogado na partida da primeira fase. E Maicon? Esse parece ter recuperado o posto no bastidor e na bola.