Cientistas conseguiram converter diretamente células humanas da pele em neurônios funcionais para tratamento do Alzheimer, segundo estudo publicado na revista Cell, desta sexta feira.
Os pesquisadores da Universidade de Columbia e da Universidade do Estado de Nova York afirmam que o estudo tem grande potencial para tratar doenças neurológicas. Eles conseguiram criar neurônios humanos induzidos (hIN) a partir de fibroblastos de células adultas sem a necessidade de se criar células-tronco, o que é um processo complexo.
Em 2010 pesquisadores da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, inventaram uma técnica semelhante sem passar pela etapa de "tronco". Em tese, isso permitiria produzir neurônios in vitro, em grandes quantidades, para o tratamento de lesões e doenças que afetam o sistema nervoso, como traumas medulares, esclerose múltipla ou Parkinson.
Os neurônios produzidos a partir da pele de pessoas com Alzheimer apresentam anormalidades características da doença.
Batizadas de neurônios induzidos (iN, na sigla em inglês), as novas células foram capazes de formar sinapses e transmitir impulsos elétricos in vitro - um forte indício de que são células funcionais. Ou seja: não só parecem neurônios, mas também funcionam como tal.