As drogas capazes de apagar a memória, como em "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças", filme estrelado por Jim Carrey em 2004, não são mais objeto de ficção. O assunto já ganha as páginas da "Nature".
No cinema, um coração partido faz com que o personagem vivido por Carrey queira apagar a sua ex-mulher da memória.
Na realidade, com a criação de substâncias capazes de manipular até lembranças antigas no cérebro, surge um movimento em favor desses medicamentos -- ao menos para casos especiais.
"Dada a conexão entre a memória e o senso de si mesmo, alguns bioeticistas argumentam que, em vez de buscar uma solução numa pílula, deveríamos fazer o trabalho difícil, de transformar más experiências em coisas boas", diz Adam Kolber, da Escola de Direito do Brooklyn, em Nova York, em seu artigo publicado na "Nature".
"Esses argumentos não são persuasivos. Algumas lembranças, como a de bombeiros que vasculham cenas de destruição em massa, podem não ter nenhuma qualidade que as redima", retruca.
(Com informações da Folha)