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CONTIGENCIAMENTO Demora no repasse freia obras do Centro de Belas Artes Demora no repasse freia obras do Centro de Belas Artes 9 SET 2011 • POR ANAHI ZURUTUZA • 00h00

A demora no repasse de recursos federais está prejudicando o andamento das obras no Centro Municipal de Belas Artes, no bairro Cabreúva. Segundo o secretário municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação, João Antônio De Marco, até o momento, dos R$ 28 milhões necessários para a conclusão do projeto, somente R$ 9 milhões foram repassados à Prefeitura de Campo Grande.

A previsão de entrega do centro cultural, portanto, deve ser adiada para o fim de 2012 — anteriormente, a administração municipal trabalhava com a possibilidade de inaugurar o prédio até meados de julho do próximo ano.

De acordo com De Marco, o Ministério do Turismo já liberou duas parcelas do orçamento total para a reforma do prédio onde começou a ser construída um nova rodoviária para Campo Grande. "O andamento está dentro do que a gente pode fazer com os recursos que foram colocados a disposição".

O secretário ressalta que não houve problemas com o projeto e nem com a documentação que foi enviada ao governo federal para garantir a liberação dos recursos. "Não há qualquer problema técnico, é que Brasília está fazendo contingenciamento mesmo. Se esta velocidade (dos repasses) se mantiver, vamos ter a totalidade da verba só no ano que vem".

 Andamento

Na estrutura do que seria a rodoviária, segundo De Marco, já foram executadas todas as demolições e limpezas de entulhos necessárias e operários já instalaram a estrutura metálica da cobertura. Ontem, funcionários da Mark Construções Ltda., com ajuda de um guindaste, trabalhavam na colocação das telhas.

Embora as obras ainda estejam longe de terminar, moradores já percebem a valorização do entorno do Centro de Belas Artes e também por conta da proximidade com a Orla Morena e Orla Morena II.

"Minha família tem terrenos ali para cima, na Vila Corumbá. Tem uns que custavam R$ 40 mil e já estão valendo R$ 100 mil. Esse é um ponto positivo. O ruim é que aumenta o imposto também", afirma o motorista Roberto Soares, 26 anos.

O contador Olion Ribeiro, 63 anos, que mora na Rua Plutão há 20 anos, também gostou das melhorias, apesar de não esquecer do incômodo que as obras causam. "Cortaram minha calçada pela metade para fazer essa avenida, o problema é que a rampa ficou muito alta para entrar com o carro. Mas, em geral, vai ser um coisa muito boa para a gente, quem não quer uma avenida bonita, pista de caminhada, ciclovia em frente de casa?".

O Centro de Belas Artes contará com teatro com capacidade para 435 lugares, auditório para 137 pessoas, restaurante e alojamentos.  

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