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CULTURA Programa municipal investe R$ 386 mil em projetos culturais Programa municipal investe R$ 386 mil em projetos culturais 10 SET 2011 • POR Oscar Rocha • 01h00

As listas de projetos contemplados pelo Fundo Municipal de Incentivo à Cultura (FMIC) e Programa Municipal de Fomento ao Teatro (Fomteatro) foram publicados ontem pelo Diário Oficial do Município. Foram selecionados 18 projetos pelo FMIC e oito pelo Fomteatro. “No total, recebemos 52  propostas para o fundo e 11 para o Fomteatro”, destaca o presidente da Fundação Municipal de Cultura (Fundac), Roberto Figueiredo. Este ano foram disponibilizados R$ 250 mil para o FMIC e R$ 136 mil para o Fomteatro. No caso do último, houve acréscimos de R$ 36 com relação à edição anterior.

Segundo Roberto, a intenção é repassar as primeira parte dos valores de cada projeto em outubro. “Agora dependerá da agilização dos proponentes na apresentação da documentação necessária para liberação dos recursos. O dinheiro será liberado em duas etapas”, explica. A comissão que analisou os projetos foi formada por oito integrantes – quatro indicados pelo Conselho de Cultura e quatro pela Fundação de Cultura.

Os projetos aprovados destacam artes plásticas, patrimônios, música, dança. “Tivemos um grande número de projetos literários inscritos, visando a publicação, mas maior número de projetos enviados continua sendo o da música”, informa Roberto. Neste segmento apareceu tanto propostas de veteranos como de novatos. Entre eles, podem ser destacados os novos CDs de Geraldo Espíndola, o segundo de sua carreira, e de Paulo Simões, o terceiro que lançará. Por outro lado, o fundo aprovou o projeto do primeiro álbum da banda Sarravulho, que vem chamando atenção na cena local pela mistura de rock e MPB.

Também nesta edição  a comissão de seleção apostou numa proposta de pesquisa que pretende enfocar a produção de índios da região de Campo Grande: “Os valores da cerâmica terena campo-grandense: um patrimônio em busca de reconhecimento social, cultural, político e econômico”, de Katya Vietta.

“É um trabalho que pode revelar elementos importantes, levando-se em conta que a cidade tem duas aldeias urbanas”, destaca Roberto. Nenhuma produção de audiovisual foi contemplada – foram inscritas duas propostas. “Ao contrário das outras edições, quando apareceram trabalhos selecionados, desta vez a comissão preferiu destacar outras manifestações artísticas”. Cada proposta poderia atingir até R$  20 mil.

Teatro
No caso do Fomteatro, a seleção é feita por categorias estipuladas pelo edital – grupos iniciantes, circulação, oficina, produção. Entre os projetos selecionados de espetáculos estão: “A estranha vontade de chegar a algum lugar”, de Anderson Lima, e “Dona Pequetita”, de Anderson Bernardes. “A turma do ABCDário – Em: A turma do apagão”, de Marcelo Carvalho Leite; “O corpo que brinca – Oficina de teatro popular”, de Circo do Mato; “A roupa nova do imperador”, de Amélia Rocha Moreira; “José Arenas e suas morenas”, de Edson Silva; “Calaboca e grita!”, de Jair Damasceno e “Tramas, dramas e aplausos”, da Associação de Moradores da Cophavila II. Os três últimos receberão valores abaixo de 10 mil.