Durante grande parte do dia de ontem, familiares, amigos, artistas e autoridades passaram pelo Plenarinho da Câmara Municipal de Campo Grande para dar adeus a um dos mais importantes artistas sul-mato-grossenses, o músico José Pompeu, conhecido como Délio, da dupla que fez com Delinha. Ele morreu aos 84 anos, na segunda-feira, às 16h, no Hospital do Câncer Alfredo Abrão, em Campo Grande, depois de lutar contra um câncer no pulmão por cerca de 4 anos. “Os sintomas da doença começaram a ficar mais graves em 2006, quando percebemos que ele não estava bem”, lembra a esposa do músico, Olanda Roque. A última aparição pública aconteceu em novembro do ano passado, quando 30 grupos musicais homenagearam o artista no Clube Rancho do Cowboy. “O Délio ficou muito contente com a festa, se emocionou bastante”, enfatiza Olanda. Na ocasião, perto de 4 mil pessoas prestigiaram o evento, que teve a arrecadação repassada a Délio para custear despesas médicas. Em entrevista ao Correio do Estado, publicada em 22 de março de 2007, contou sobre a dificuldade financeira. Na época, ainda fazia shows e os cachês ajudavam no orçamento doméstico, que se juntava à aposentadoria de um salário mínimo. Os direitos autorais das canções não eram constantes. “Às vezes cai R$ 200, R$ 300 e até R$ 400, mas não passa disso”, declarou. Del i n ha lembra que a última apresentação da dupla aconteceu na gravação do DVD do músico Maciel Corrêa, em 2008, quando a doença de Délio dificultava sua performance. Atualmente, ela canta com o filho João Paulo.