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defensiva Índios ampliam acampamento com 70 pessoas em área atacada na região sul do MS Índios ampliam acampamento com 70 pessoas em área atacada na região sul do MS 20 NOV 2011 • POR DA REDAÇÃO COM FOLHA • 19h00

Com destaque internacional, o ataque de pistoleiros ao cacique Nísio Gomes atinge proporções cada vez maiores. Ontem, cerca de 70 índios guarani-caiová reforçaram o acampamento onde o cacique foi atacado e morto por pistoleiros na última sexta-feira, em Mato Grosso do Sul.

Na ocasião, o cacique Nísio Gomes, 59, foi atingido por tiros, e seu corpo foi levado numa caminhonete. Ele continua desaparecido.

O acampamento, que agora reúne cerca de 120 pessoas, fica numa fazenda de soja e cana-de-açúcar na região sul do Estado, entre as cidades de Amambai e Ponta Porã.

Os índios afirmam que a área é um território tradicional dos guarani-caiová e tentam retomar a região -hoje ocupada por fazendas.

O local foi incluído pela Funai (Fundação Nacional do Índio) nos processos de identificação de terras tradicionais guaranis, iniciados em 2008 e ainda não concluídos. Os proprietários das fazendas da região afirmam que seus documentos são legais.

De acordo com o coordenador regional do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), Flávio Vicente Machado, os índios que se uniram ao acampamento eram da mesma família de Gomes e moravam em aldeias próximas.

Eles chegaram de ônibus ao local e relataram ter sido intimidados por caminhonetes, que acompanharam os ônibus e tentaram bloquear as estradas.

Os índios não receberam nenhum tipo de proteção especial e afirmam que só sairão do local "depois de mortos".

A Polícia Federal está investigando o caso, e a Força Nacional enviou equipes para fazer incursões na região.

Os índios afirmam que outras pessoas estão desaparecidas e foram feridas, segundo o Cimi, mas a Funai não confirma.

Com informações da Folha