O Ministério Público Federal no Ceará afirmou nesta sexta-feira que as conclusões do inquérito que apurou o vazamento de questões do Enem em um colégio de Fortaleza são insuficientes para oferecer à Justiça uma denúncia contra os suspeitos.
O inquérito foi concluído na quinta-feira (19) pela Polícia Federal, que indiciou dois funcionários do Colégio Christus, um deles professor da instituição, por estelionato. Hoje, o relatório foi entregue ao Ministério Público Federal.
Segundo a Procuradoria, serão necessárias novas diligências para "oferecer uma denúncia lastreada em elementos mais convincentes".
"O MPF necessita de aprofundamento das investigações para formar um juízo de valor apto a oferecer uma denúncia lastreada em elementos mais convincentes no sentido de que o acesso indevido à cópia dos cadernos do pré-teste (vazamento) por si só não tem a garantia de que as questões neles contidas (itens) figurariam na prova final", escreveu a procuradora Maria Candelária Di Ciero.
Já o procurador Oscar Costa Filho, afirma que o inquérito da PF não deve se limitar a uma simples investigação sobre um problema local, mas "deve definir a própria credibilidade do Enem" e concluir se o vazamento não é mais amplo e resultado da natureza do exame.
Ninguém foi encontrado na Superintendência da Polícia Federal no Ceará para comentar o pedido do Ministério Publico Federal.