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PONTA PORÃ Relatório apontas deficiências na Polícia Federal Relatório apontas deficiências na Polícia Federal 22 FEV 2012 • POR • 00h00

Análise geral
Ainda de acordo com relatório, o efetivo da PF não é suficiente para atender toda a região de fronteira e desempenhar ações de combate ao tráfico de drogas. A área que faz fronteira com grandes países produtores de maconha e cocaína – Paraguai, Bolívia, Peru e Colômbia – totaliza 11,6 mil quilômetros e abrange Mato Grosso do Sul, Paraná, Mato Grosso, Rondônia, Acre e Amazonas. Essa extensão conta com 14 delegacias federais, 118 delegados e 708 agentes. Se a PF tivesse a única missão – que não é o caso – de combater o tráfico, um agente seria responsável pela fiscalização em 16 quilômetros e haveria um delegado para cada 100 quilômetros de fronteira.

Por meio de questionário eletrônico, os próprios delegados avaliaram como ruim ou péssima a suficiência de agentes na fronteira. Apesar da disponibilidade de mais de três mil vagas provenientes de aposentadorias e exonerações, a estimativa é de que 1,2 mil profissionais ingressem na PF, ainda este ano, por meio de concurso público.

Equipamentos
Além de efetivo aquém do ideal, a polícia também não dispõe de quantidade suficiente de equipamentos essenciais para a segurança e o desempenho profissional, como colete balístico, binóculos de visão noturna, caminhonete com tração nas quatro rodas e rastreadores.
Outro ponto que preocupa auditores é a rotatividade dos policiais. Em Ponta Porã, por exemplo, a permanência de um agente na delegacia é de dois anos em média; 2,2 anos em Corumbá; 2,5 em Naviraí e 2,6 em Dourados. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão estuda criar o auxílio-moradia para evitar que o agente seja transferido.