A temporada de dengue é aberta após os períodos de chuva (em abril e maio) e os especialistas alertam que os obesos correm mais risco caso sejam picados pelo mosquito transmissor Aedes Aegypt.
Conforme explica o cardiologista da Sociedade Brasileira de Cardiologia do Rio de Janeiro, Wolney Martins, a obesidade quase sempre agrega outras três condições de saúde que potencializam os danos de qualquer infecção: a pressão alta, o colesterol desequilibrado e as alterações no funcionamento do coração.
Este quadro clínico agrava os sintomas da dengue, que são a desidratação e a dificuldade na circulação do sangue.
“O risco de entrar em choque é maior nestas condições. Por isso, os médicos que recebem os cardíacos e os obesos mórbidos com suspeita de dengue precisam ficar alertas”, afirma Martins.
“Além da dengue, outras doenças também são mais graves para as pessoas com excesso de peso, como por exemplo a gripe”, complementa o médico.
A obesidade também pode agravar os casos de pneumonia e, como a maior parte dos obesos também é diabético, outra infecção mais perigosa bacteriana é a tuberculose. Um estudo feito pela Fundação Mundial do Diabetes alertou que, nestes casos, o risco de tuberculose é três vezes maior.
O excesso de peso também favorece o acúmulo de gordura no fígado, o que agrava a infecção da hepatite. Isso sem contar que, estar com o Índice de Massa Corporal (IMV) na faixa de sobrepeso e obesidade é o gatilho para uma série de doenças crônicas, em especial o câncer e os problemas cardiovasculares, os líderes de causa de morte da população brasileira.