Um estudo com centenas de famílias em que existe casos de autismo descobriu que genes podem aumentar o risco do problema. Segundo a pesquisa, mutações espontâneas podem ocorrer no esperma do pai ou nos óvulos que aumentam as chances de o filho nascer com autismo. Os homens têm quatro vezes mais propensão de passar essas mutações para os filhos. As informações são do Huffington Post.
Os resultados de três novos estudos, publicados na revista Nature, sugerem mutações em partes de genes que codificam proteínas - o chamado exome - que desempenham um papel significativo no autismo. Enquanto esses erros genéticos podem ser inofensivos, eles podem causar grandes problemas quando ocorrem nas partes do genoma necessárias para o desenvolvimento do cérebro.
Quando a mutação acontece, existe uma chance entre 5 e 20 vezes a mais de a criança ter autismo. "Esses resultados confirmam que não é o tamanho da anomalia genética que oferece risco, mas a sua localização", disse o diretor do Instituto Nacional de Saúde Mental, Thomas Insel.
Autismo
O problema engloba vários distúrbios, desde a incapacidade de se comunicar e retardo mental a sintomas relativamente leves, como a síndrome de Asperger. Nos Estados Unidos, um número estimado de 1 em 88 crianças tem autismo, de acordo com os últimos dados dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças do país.
Os cientistas já encontraram dezenas de genes que podem aumentar o risco de autismo. Mas as causas genéticas só explicam cerca de 10% dos casos, e estudos recentes têm apontado fatores ambientais como um fator potencial.