As investigações judiciais e policiais que apontam fraudes milionárias em licitações na prefeitura de Corumbá ganham desdobramento no campo político. A Câmara Municipal criou uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar a extensão da corrupção e a responsabilidade dos seus gestores, inclusive do prefeito Ruiter Cunha de Oliveira (PT), diante da gravidade das denúncias.

A CPI é uma resposta também a relação do prefeito com o Legislativo, onde tem minoria – quatro dos onze vereadores. Mesmo em desvantagem, o petista tem usado seu poder de fogo contra a Casa para contestar repasses de duodécimos, questionar despesas e os salários de assessores legislativos, por meio de interlocutores, e vetar a maioria dos projetos de lei aprovados.

A presidência da comissão será do vereador Oséas Ohara de Oliveira, do PMDB, e o relator, Marcos de Souza Martins (PT), o Marquinhos. O terceiro integrante é o vereador Antônio Vianna Galã, ex-PT, onde foi ameaçado de expulsão em 2001, e hoje no PMDB. Eles foram escolhidos por votação nominal, durante a sessão de ontem de manhã, conforme o artigo 67 do regimento interno.

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