Os pecuaristas sul-mato-grossenses não querem “dar chance ao azar”, e cobram uma legislação que evite calotes por parte dos frigoríficos. Encabeçada pela Frente Nacional da Pecuária (Fenapec), criada recentemente para defender o ponto de vista dos criadores, a ideia é que seja exigido um seguro dos frigoríficos, para evitar que o pecuarista não receba pelo animal que for vendido.
A proposta integra a lista de prioridades da Frente. O seguro é visto como essencial, principalmente para os pequenos produtores. “Seriam duas escolhas para o frigorífico. Ou ele deixa no banco o valor, em dinheiro, correspondente a toda a cabeça de gado que comprar, ou então ele vai ter que arcar com o custo de uma empresa de seguro”, explicou Francisco Maia, presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), uma das entidades criadoras da Fenapec, e apontada como principal líder da Frente.
Segundo Maia, o seguro contra calote é essencial para manter o complexo da carne como uma fonte confiável de investimento e renda.
A lista de propostas da Fenapec está sendo discutida pelos representantes do segmento e por parlamentares. A ideia é apresentar uma pauta completa de reivindicações no Congresso Nacional;
Também em Brasília (DF), nesta quarta-feira, a Fenapec tem mais uma batalha contra o chamado “monopólio da carne”, quando será discutido medidas para evitar a concentração do abate de bovinos nas mãos de poucos frigoríficos do País.