A Pesquisa Anual do Comércio divulgada pelo Instituto Brasileiro da Geografia e Estatística (IBGE) atesta uma tendência que já vem ocorrendo há pelo menos 10 anos no comércio varejista: queda na margem de lucro. De 2009 para 2010, a margem do setor em Mato Grosso do Sul despencou quase 10%, de R$ 1,9 bilhão passou a R$ 1,7 bi. Apesar disso, o número de funcionários nas empresas teve redução inferior a 0,5%, de 83,6 mil a 83,2 mil.
Para o presidente da Federação do Comércio e Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso do Sul (Fecomércio MS), Edison Ferreira de Araújo, a queda na margem de lucro acompanha o aumento da competitividade acirrada principalmente com a tecnologia da informação e avanço s das vendas pela internet. “Agora as empresas precisam minimizar seus custos e otimizar a capacidade de vendas para vender ou prestar serviços em escala”.
Ao contrário do varejo em geral, pesquisas mostram que as empresas atacadistas em Mato Grosso do Sul conseguiram elevar as margens de comercialização em 18%, o que, na avaliação do presidente da Fecomércio representa o crescimento e a busca incessante dos consumidores em amenizar suas despesas, fomentando o comércio atacadista, que evoluiu muito – principalmente em Campo Grande.
Positivamente o comércio atacadista conta também com poder de negociação e redução de custo na logística e ganho em escala.Também aumentaram significativamente, em 40%, a margem de comercialização de empresas do segmento de comércio de veículos e peças de veículos, consequência dos incentivos fiscais e aumento do poder de compra da população, principalmente a classe “C”.
Fonte: Fecomércio MS