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MATO GROSSO DO SUL Novos cursos de Medicina vão fortalecer o atendimento Novos cursos de Medicina vão fortalecer o atendimento 5 AGO 2012 • POR MILENA CRESTANI • 11h30

Em Três Lagoas, serão 60 vagas e aulas estão previstas para começar ainda em 2014, com os candidatos aprovados na seleção utilizando o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) do ano anterior, segundo o vice-reitor da UFMS, João Ricardo Tognini, que preside a comissão para implantação da Faculdade de Medicina no município.

Na UEMS de Campo Grande, a previsão é para que as aulas comecem somente em 2015, com a seleção também pelo Enem em 2014, conforme o reitor da universidade, Fábio Edir dos Santos Costa. A proposta inicial também é 40 a 60 vagas na nova unidade, que será construída em terreno doado pela União, em frente à Base Aérea da Capital, onde ficarão os demais cursos da instituição.

Também em Campo Grande, serão mais 20 vagas oferecidas no atual curso da UFMS, onde 60 alunos já ingressam todos os anos e estagiam no Hospital Universitário.

Três Lagoas
A proposta das vagas de Medicina da UFMS foi feita pelo Ministério da Educação para vários estados, incluindo Mato Grosso do Sul. “O objetivo não é apenas formar mais médicos, mas levar qualidade de atendimento à população. Com o curso de Três Lagoas, a interiorização está sendo promovida levando-se a Medicina para os municípios”, afirmou Tognini.

A cidade da Região do Bolsão – com 101,7 mil habitantes, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e nenhum hospital público – será uma das mais beneficiadas. O Hospital Universitário será construído em terreno de 27 hectares, que pertencia à Cesp (Companhia Energética de São Paulo), mas foi cedido à prefeitura para que seja instalada a universidade. O local fica na mesma área onde será o prédio da faculdade e em frente ao atual campus. Os recursos para a obra são do Governo do Estado de MS.

O hospital, de média e alta complexidade, contará com 100 leitos, conforme Tognini, com linhas de cuidado voltadas aos atendimentos em clínica médica, cirurgia, maternidade, entre outros. Os investimentos estão orçados em R$ 20 milhões. O curso deve começar, mesmo que o prédio não fique pronto, até 2014, pois no primeiro ano os alunos ainda não precisam fazer estágio.

Para o prédio da Faculdade de Medicina, incluindo-se a infraestrutura e recursos humanos, o investimento será de R$ 25 milhões, conforme previsão do MEC.