Manter o nível de colesterol total abaixo de 200 miligramas por decilitro (mg/dl) de sangue. Essa é a meta a ser atingida por todos os brasileiros e incentivada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia na campanha realizada ontem (8), Dia Nacional de Controle do Colesterol.
A dislipidemia (excesso de colesterol) é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares, são responsáveis por 31,3% das mortes de adultos no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde.
A médica Ana Cristina Belsito, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia explica que, apesar de os cardiologistas serem os principais profissionais responsáveis por acompanhar pacientes com colesterol alto, a endocrinologia também faz o acompanhamento da dislipdemia, por se tratar de uma doença metabólica.
“O importante é que a sociedade perceba quais são os riscos que a dieta moderna tem, muito rica em gorduras, glicídios, em carboidratos. São dietas com valor calórico muito alto. E o indivíduo, até por pressa, por ter uma vida corrida, falta de opção, acaba optando por esse tipo de alimento, muito rico em gordura. E com isso há o aumento dessas gorduras no sangue. São as gorduras saturadas, que com o tempo vão lesando os vasos, as artérias, então aumenta o risco de doenças cardiovasculares e cerebrovasculares”.
Ana Cristina lembra que os principais fatores de risco para a dislipdemia são a hipertensão e o diabetes, além do componente genético. “O distúrbio metabólico geralmente aparece depois dos 50 anos de idade, mas em pacientes com história familiar, muitas vezes o começo da dislipdemia se observa na infância”.