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Brasil/Mundo Novas tomadas geram transtorno Novas tomadas geram transtorno 21 FEV 2010 • POR • 07h49

Mais de um mês após a sua implantação, a mudança no padrão brasileiro de plugues e tomadas continua causando transtornos ao consumidor. É difícil encontrar adaptadores para o novo modelo, que conta com três pinos, nas principais lojas de varejo. O setor tem grande dificuldade para encontrar supridores que acompanhem a grande demanda. A questão é foco de ação do Ministério Público Federal do Paraná, que pretende interromper a mudança. O novo padrão entrou em vigor no início de janeiro e, segundo o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), tem como objetivo aumentar a segurança das instalações elétricas nos lares brasileiros. Os novos plugues e tomadas são obrigatórios em geladeiras, lavadoras de roupas, micro-ondas, aparelhos de ar-condicionado, TVs de plasma e LCD e computadores. Os transtornos são maiores nesse último caso – uma vez que, para todos os outros, o Inmetro recomenda a troca das tomadas, em vez do uso de adaptadores. Para computadores, porém, existe a necessidade de adaptadores para o uso de filtros de linha ou nobreaks nos padrões antigos ou nos padrões americanos (dois pinos chatos e um cilíndrico), mais difíceis de encontrar. A Casa & Vídeo, rede de varejo com grande número de lojas no Estado do Rio, diz que encomendou os equipamentos em janeiro, mas só havia previsão de entrega para a segunda quinzena de fevereiro. Nas lojas da rede, só se encontra um adaptador que transforma o plugue brasileiro atual, com dois pinos cilíndricos, para o novo padrão, válido apenas para aparelhos que permanecem sem aterramento, como utensílios domésticos e ventiladores. O Inmetro reconhece o transtorno, mas diz que é comum em um momento de mudança como esse. “Temos feito pesquisa em diversos estados sobre a disponibilidade de adaptadores. Em um primeiro momento, a dificuldade era muito grande. Hoje em dia pode haver problemas pontuais, mas a quantidade de adaptadores cresceu bastante”, diz o chefe da divisão de avaliação da conformidade do instituto, Gustavo Kuster.