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Romance inusitado Mulher se casa com homem que recebeu coração de ex-marido Mulher se casa com homem que recebeu coração de ex-marido 17 FEV 2013 • POR Celso Bejarano • 00h01

O coração tirado de um homem morto assassinado 14 anos atrás, em Campo Grande, transformou a vida de um comerciante que aguardava pelo transplante do órgão havia um ano e seis meses, impulsionou um romance inusitado e rompeu o tabu de que o paciente de órgão transplantado tem sobrevivência limitada e data quase certa para morrer.

O episódio em questão enriqueceria qualquer obra literária com o propósito de narrar uma história de superação, insistência pela vida e um raro caso de amor.

Celedino Vieira completaria 40 anos de idade quando conseguiu substituir seu coração doente por um sadio. O órgão foi tirado do peito de Adenilson de Souza Batista, então com 26 anos de idade e que havia sido morto a tiros.

O rapaz era casado com Leila de Oliveira Mendes, de 24 anos, com quem tinha dois filhos pequenos, Luan e Luana.

Um ano após o transplante, Vieira, já descasado da primeira mulher, quis conhecer a família do doador e, por “coincidência do destino”, segundo ele, casou-se com a viúva, assumiu as crianças e até hoje os dois dizem viver uma “eterna festa”.

Celedino é um dos 19 pacientes que, de 1993 para cá teve o coração transplantado na Santa da Capital. E um dos raros sobreviventes. “Da minha turma, de oito transplantados só eu vivo hoje”, disse.

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