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VIOLÊNCIA Estudante preso por matar 6 taxistas no RS confessa os crimes Estudante preso por matar 6 taxistas no RS confessa os crimes 14 ABR 2013 • POR FOLHA PRESS • 15h45

Um estudante de 21 anos foi preso ontem suspeito de matar seis taxistas no Rio Grande do Sul. Os crimes aconteceram em Porto Alegre e em Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai, entre os dias 28 e 30 de março.

Luan Barcelos da Silva confessou o crime alegando motivação financeira, informou o secretário-adjunto da Polícia Civil, Juarez Pinheiro, durante coletiva de imprensa transmitida pela Rádio Gaúcha na manhã de hoje (14) no Palácio da Polícia Civil em Porto Alegre. O jovem foi preso no bairro de Santa Cecília, na capital.

De acordo com o delegado Gabriel Bicca, o rapaz foi identificado com a ajuda de câmeras de vigilância e por meio dos relatos de testemunhas. Em todas as imagens, o jovem aparece usando uma calça clara, tênis e um casaco. As roupas foram encontradas na residência do criminoso. Testes apontaram para manchas de sangue na roupa.

No interrogatório que durou 3h, o acusado disse que serviu o Exército Brasileiro e deu detalhes de cada assassinato. Ele afirmou que precisava pagar o aluguel atrasado de um apartamento em que morava em Santana do Livramento. Ao todo, ele roubou R$ 470 de três taxistas em Santana do Livramento e, 48h depois, mais R$ 400 de outros três taxistas de Porto Alegre.

O criminoso ainda disse que iria matar um sétimo taxista, mas não conseguiu porque deixou a arma no banco de trás do carro ao mudar para o banco da frente à pedido do taxista.

Segundo o delegado, o rapaz cometeu os crimes de forma aleatória. "Ele parava no ponto de táxi, fazia a corrida, não anunciava o assalto, apenas atirava na cabeça e roubava a quantia que encontrava".

Segundo agentes do DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), as mortes ocorreram em um intervalo de 90 minutos. Nos três casos, os carros dos taxistas foram abandonados em locais distantes dos corpos.

De acordo com o Instituto Geral de Perícias, os cartuchos encontrados nos locais dos assassinatos em Porto Alegre são da mesma arma, calibre 22. Trata-se do mesmo calibre dos projéteis encontrados nos corpos dos motoristas executados em Santana do Livramento. A arma ainda não foi localizada pela polícia.

O criminoso está preso em uma unidade prisional no interior de Porto Alegre. A Secretaria de Segurança Pública não divulgou o nome do local para preservar o preso.