Logo Correio do Estado

Política O pop simpático do Biquini Cavadão O pop simpático do Biquini Cavadão 25 FEV 2010 • POR • 04h38

A banda carioca Biquini Cavadão, que se apresentará na primeira edição de 2010 do Projeto MS Canta Brasil, no Parque das Nações Indígenas, no dia 7 de março, nunca usufruiu da popularidade e dos elogios dos críticos como acontece com alguns companheiros de geração. Por outro lado, conseguiu, ao longo dos anos, manter postura coerente e nunca se afastou do pop simpático que a caracterizou desde que a faixa “Tédio” caiu nas graças das emissoras de rádio, em 1986. Praticamente com a mesma formação dos primeiros anos de atividade – Bruno Gouveia (vocal), Miguel Flores (teclado), Álvaro Birita (bateria) –, a banda passou por muitos momentos do mercado nacional nos últimos anos. “Talvez não soframos a mesma pressão que outras bandas até com mais sucesso do que a gente, mas de uma coisa eu sei: não é fácil manter uma carreira artística no Brasil, ainda mais quando o País vive de monocultura. Num primeiro momento, vivemos a monocultura do paubrasil, da cana-de-açúcar e do café; na parte cultural, temos a monocultura do sertanejo e do pagode. Com isso, torna-se complicado para quem está de fora desse processo”, aponta o vocalista Bruno. Mesmo sem contar com a explosão de outras bandas, o Biquini Cavadão conseguiu, em determinadas temporadas, criar hits pegajosos – foi assim com “Zé ninguém” (1990), “Vento ventania” (1992) e “Janaína” (1998). “Sempre vivemos da banda. Nunca paramos, completaremos 25 de estrada no ano que vem. Tiramos o nosso sustento da banda”.