O líder espiritual tibetano Dalai Lama disse, nesta quinta-feira, não excluir a possibilidade de que uma mulher possa sucedê-lo, ressaltando que atualmente o mundo enfrenta "uma crise moral". Tenzin Gyatso, o 24º Dalai Lama, de 77 anos, indicou que o mundo precisa de líderes que incorporem compaixão, função em que, de acordo com o tibetano, as mulheres teriam mais potencial, já que são "mais sensíveis ao bem-estar das pessoas".
"Se as circunstâncias fazem com que um Dalai Lama mulher seja mais útil, haverá um Dalai Lama mulher", disse o Prêmio Nobel da Paz de 1989 durante uma visita à Austrália. Em declarações aos jornalistas locais, porém, ele evitou falar das imolações registradas no Tibete como forma de protesto contra o domínio da China sobre o território.
As declarações do tibetano vieram após a primeira-ministra australiana, Julia Gillard, acusar a oposição conservadora de comportamento misógino e promover políticas que marginalizam as mulheres.