O relator da CPI do Calote, vereador Elizeu Dionízio (PSL) detonou o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP) no seu relatório final da CPI do Calote. Após 110 dias de investigações de quebra de contratos por inadimplência do Executivo, o relator chegou à conclusão que o prefeito cometeu sete crimes que poderão resultar na cassação de seu mandato. A reportagem está na edição de hoje (20) do jornal Correio do Estado.
Segundo Elizeu, o chefe do Executivo praticou “crimes de responsabilidade, infrações político-administrativas e crimes comuns”.
Segundo a reportagem de Tavane Ferraresi, no parecer do relatório final, Elizeu afirmou que os documentos disponibilizados e os depoimentos colhidos em oitivas pela CPI “revelam a existência de quantidade significativa de irregularidades e ilicitudes praticadas pela atual gestão do Executivo Municipal”. De acordo com o relator, o prefeito pode ser processado política e juridicamente.
Bernal acusado de ‘fabricar urgência’ para ajudar amigos
O relatório da CPI do Calote também acusa o prefeito Alcides Bernal (PP) de contratação de fornecedores “escolhidos” para executarem serviços em regime de “urgência/emergência fabricada” sem participação no processo de licitação.
Segundo a reportagem de Adilson Trindade e Tavane Ferraresi, o relator Elizeu Dionizio (PSL) destacou os contratos com valores superiores às cotações e preços de mercado apresentados ao Poder Público, “sem atender aos ditames legais, sem justificativa plausível, sem publicação, sem obediência aos procedimentos licitatórios, numa situação de urgência fabricada”.
Segundo Dionizio, as empresas contratadas “escolhidas” — como são os casos da Salute, Jagás e Mega Serv — com “urgência fabricada” foram para substituírem os fornecedores que prestavam regularmente serviços ao município.