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Cidades Agentes indiferentes à demissão Agentes indiferentes à demissão 2 MAR 2010 • POR • 06h40

Indiferentes ao risco de ter o ponto cortado e a ameaça de demissão dos que ainda não têm estabilidade no emprego, 2.500 agentes de saúde de Campo Grande prometem entrar em greve a partir de hoje, ficando de vigília em frente do Paço Municipal. A paralisação, se vier a acontecer, compromete o trabalho de combate à dengue justamente quando a doença já atingiu nível de epidemia. O Sindicato dos Agentes anunciou que 30% dos trabalhadores não vão cruzar os braços, conforme determina a lei. “Dos 750 que vão continuar em atividade, 470 serão os agentes que ainda não têm estabilidade no emprego”, anunciou Amado Sheik, presidente da entidade sindical, antecipando a estratégia para evitar demissões. Ontem, o prefeito da Capital, Nelsinho Trad, voltou a reiterar o que já havia dito no sábado numa reunião que manteve com lideranças sindicais: quem entrar em greve e ainda estiver no estágio probatório (os que foram nomeados há menos de dois anos ) vai ser demitido. Todos os que aderirem ao movimento terão o ponto cortado. Nelsinho lembra que a data-base dos agentes é em maio, portanto, haveria tempo suficiente para negociação. “Vivemos um momento delicado, que exige a compreensão de todos. A prioridade é manter sob controle a dengue”, observou. Reivindicação Os agentes querem um reajuste de 60% na produtividade, que subiria de R$ 144,00 para R$ 230,40. Eles recebem R$ 510,00 de salário-base, valor que somado à gratificação garante uma remuneração de R$ 654,00. Para maio está previsto um reajuste de 5% no salário- base.