O simples ato de respirar passa a ser um grande esforço. Assim se sentem as pessoas com DPOC, sigla para Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Cerca de 8 milhões de pessoas sofrem desta doença atualmente no País, conforme estimativa da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). É também a sexta principal causa de morte no mundo, segundo reportagem na edição de hoje do jornal Correio do Estado.
Mesmo com todo esse quadro grave, a doença parece não merecer a devida atenção do poder público. Em Mato Grosso do Sul, o exame para confirmar o diagnóstico é feito em poucos locais e quem for diagnosticado com DPOC começa um novo sofrimento para conseguir o tratamento. Muitos dos medicamentos ainda não estão disponíveis na rede pública de saúde.
É possível conseguir alguns remédios gratuitamente pela Farmácia Popular, mas a maioria só a preços altos nas farmácias. Segundo o médico pneumologista Ronaldo Perches Queiroz, mestre em Medicina Interna e Terapêutica, o tratamento é essencialmente feito à base de broncodilatadores e anti-inflamatórios. Dentre eles, os principais são o Brometo de Tiotrópio, o Indacaterol e o Roflumilaste. Cada um deles custa entre R$ 150 a R$ 300, em média. A reportagem é de Milena Crestani.