Base de estudos inaugurada em abril deste ano em Aquidauana protege lontras e ariranhas do Pantanal sul-mato-grossense contra a extinção, segundo reportagem na edição de hoje (05) do jornal Correio do Estado. Os animais, que sofrem diversas influências dos pescadores, são tratados e voltam para a natureza com a ajuda do Projeto Lontra, desenvolvido pelo Instituto Ekko Brasil (IEB), que existe desde 1986 em Santa Catarina. As atividades chegaram a Mato Grosso do Sul por meio de patrocínio da Petrobras.
“Aquidauana representa o portal do Pantanal Sul e reúne uma diversidade enorme de ambientes pelo fato de representar um ecótono, uma zona de transição entre a Serra do Maracaju, que divide o planalto da planície Pantaneira. Apesar da alta biodiversidade e belezas naturais o turismo é incipiente. O PIB e IDH alarmantemente baixos. O diferencial foi a receptividade do município para com o projeto”, explica a empresa sobre a escolha do município.
A primeira ação do projeto no Estado foi com três lontras encontradas feridas por uma família em uma chácara no distrito de Piraputanga. O primeiro animal foi encontrado há pouco mais de um mês, enganchado entre raízes e folhagens. Os demais foram farejados por cães, há cerca de 15 dias, em estado frágil.
“A lontra, ao contrário da ariranha, é uma espécie solitária e só a mãe toma parte dos cuidados dos filhotes. Matando a mãe, os filhotes estão condenados. Não existe um grupo para dar suporte às crias, como acontece com as ariranhas. Felizmente, essa família, mãe e filha, que vivem à beira do rio, recolheram os filhotes e nos chamaram. Assim, pudemos prestar apoio, fornecendo os medicamentos necessários e colocando nosso veterinário para dar as orientações básicas”, explicou o gerente de Projetos e Pesquisas, e fundador do Projeto Lontra, Oldemar Carvalho Júnior. A reportagem é de Beatriz Longhini.