O grande foco de tensão na política de Mato Grosso do Sul é a relação do PMDB com o PSDB e sem expectativa de retomar o diálogo para o entendimento. Isto vai ter reflexo na composição das alianças partidárias para as eleições deste ano. De tradicionais aliados nos embates eleitorais no Estado, conquistando juntos importantes vitórias nas urnas, se tornaram adversários ferrenhos. A reportagem está na edição de hoje do jornal Correio do Estado.
O governador André Puccinelli ainda não digeriu a trairagem do deputado federal Reinaldo Azambuja, principal líder tucano, nas eleições de 2012, para Prefeitura de Campo Grande. Azambuja preferiu se unir ao PT para apoiar Alcides Bernal (PP) numa disputa com o deputado federal Edson Giroto (PMDB).
Os tucanos, nas eleições de 2012, se voltaram contra o PMDB depois de participarem ativamente das administrações municipais de André Puccinelli e de Nelsinho Trad Filho. Eles usaram os cargos para construírem um partido sólido e mandatos eletivos. Mesmo assim, o PSDB sempre sobreviveu à sombra do PMDB com disciplina indiscutível. Até nas eleições presidenciais, os dois partidos caminhavam juntos. Em Mato Grosso do Sul, o PMDB sempre montou palanque para candidato tucano à sucessão presidencial.
Desta vez, a posição do partido será outra. O governador André Puccinelli decidiu apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff e espera ser acompanhado por todo o partido. A reportagem é de Adilson Trindade.